Sedimentos
«Não tenho nenhuma lei nem regra para desordenar um poema escrito»
Herberto Helder
Sedimento é o resíduo que assenta no fundo, o que fica depois de tudo, em repouso: o vestígio que permanece; aquilo que sobra do que desapareceu. Aqui irei coligir reflexões, convulsões, referências, poesia, apontamentos e outras percepções entre o mundo da imagem e o das palavras. Não pretendo criar postulados, nem verdades absolutas, nem falarei de técnicas ou equipamentos. Falarei, sobretudo, do que me move, do que me inspira na busca de imagens e poesia.
2021, um ser que posso ser eu, Carla de Sousa
“Se for preciso, irei buscar um sol para falar de nós”
Fui buscar o sol para iluminar aquele dia cinzento. Às vezes é preciso. É preciso ir buscar o sol, como nos segredava Ana Luísa Amaral nas suas Imagias, para ver de forma mais clara, o que dentro de nós se acolhe.
filigrana
Naquele dia, o sol segredou-me
Tempo
da importância do tempo
A Sala Verde
Essa sala que me acolhe.
Breve Ensaio sobre Paisagens Interiores
do estudo e do processo de arquivo
Reflexões, num mundo pouco reflexivo
da fuga à superficialidade do olhar